sexta-feira, 17 de junho de 2016

QUER SABER O QUE ACONTECE NO DIABETES WEEKEND?

31 anos com Diabetes 

e agora você vai para uma Colônia de Diabéticos?



Eu mesma me fiz esta pergunta um minuto antes de fazer minha inscrição, mas ai eu pensei: “O que posso fazer de melhor na vida senão experimentar esta aventura e compartilhar com outros amigos diabéticos esta vivência, já que tudo está bem comigo (ou quase tudo...)?”
Parti para Belo Horizonte e deixei a família para trás. Nenhum deles é diabético. Nenhum deles sabe como é. Vou me juntar aos meus pares, pessoas que medem a glicemia, contam carboidratos e aplicam insulina diariamente. Embora não conhecesse nenhum deles pessoalmente, sabia que tínhamos muito em comum. Essa empatia é um laço que nos une e nos aproxima e eu queria sentir isso.
Combinei com a Isabella, uma jovem também do Rio, de encontrá-la no aeroporto em BH. De lá partiríamos juntas para encontrar a famosa Robertinha, líder das redes sociais do Diabetes Weekend. Eu estava numa cidade que nunca visitei antes, para encontrar uma pessoa que não conhecia... para encontrar ainda uma outra. Este é o mundo atual de conexões virtuais tão fortes que não tememos o desconhecido. Assim como nós somos reais do outro lado do teclado, elas também são e com este pensamento consegui encontrá-las e conhecê-las neste fim de semana. Que bom que o medo não limitou minha capacidade de expandir minhas amizades. Que bom que o risco valeu a pena e tudo aconteceu perfeitamente conforme o planejado.
Em frente ao ponto de encontro em BH de onde partiríamos para o Hotel Fazenda, uma legião de diabéticos começava a se formar. Eram crianças de despedindo dos pais, jovens em grupos se abraçando, apresentações em todas as direções, recomendações, ansiedade...enfim...vamos para a Colônia!
Já no ônibus, a equipe do Dr. Levimar nos recebia com alegria. Eram médicos, nutricionistas, residentes, profissionais de educação física e psicóloga que cuidavam da gente. Pessoas que dedicaram um final de semana voluntariamente para que pudéssemos viver esta experiência. Muitas pessoas já se conheciam. Muitos já tinham ido mais de 4 vezes para a Colônia. E os novatos eram logo envolvidos pelos demais.
Acompanhávamos os testes uns dos outros. Apoiamos nas hipos ou hipers. Mostrávamos como fazíamos o nosso tratamento, nossos hábitos, trocamos confidências sobre a diabetes e sobre a vida. 









Eu acho que a troca foi a parte mais importante e que levaremos sempre com a gente. Saber que minha companheira de quarto estava travando uma guerra contra as hipos no início do tratamento com a bomba e que a outra colega de quarto era também mãe de uma jovem diabética e precisava cuidar do diabetes duplamente. A gente vai refletindo como estamos todas juntas e misturadas e como é bom não se sentir diferente.

No próximo post falarei sobre as atividades em grupo e como as crianças ficam independentes quando precisam tomar conta delas próprias!

Um grande beijo!

Sheila



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