terça-feira, 7 de abril de 2015

DO VITAJET À BOMBA DE INSULINA COM O SENSOR - VOCÊ NÃO SABE O QUANTO EU CAMINHEI...PRA CHEGAR ATÉ AQUI!


Um vitajet é um aparelho que aplicava insulina sob pressão há muito, muito tempo! 

Reeducação alimentar com apoio. Demorou mas consegui!

Não entendia como funcionava e os benefícios, para mim, superaram os inconvenientes.

Tudo é questão de hábito!

Novas atitudes, novos resultados!

Exercício sempre!

Sabe aquela música? "Você não sabe o quanto eu caminhei....pra chegar até aqui!"




Outro dia uma amiga diabética que conheci através dos grupos do Face postou uma foto com um objeto muito estranho e que logo o reconheci: um VITAJET. Era um aparelho que usei logo no início do diagnóstico para aplicar a insulina no lugar das seringas. Na época, não havia a opção das canetas ou da bomba. Então meus pais procuravam sempre pelo que havia de mais moderno para o tratamento e encontramos este aparelho. Eu o usei por um bom período. Embora fosse muito pesado, eu gostava de usar algo diferente do que a seringa. O fato de não ter agulhas me seduzia como adolescente, porém dependendo do local da aplicação, eu ficava com hematomas roxos durante semanas. Isso eu não gostava não. De vez em quando a máquina travava, ficava dura para puxarmos o êmbolo e precisávamos recorrer à manutenção que era perto de casa. Até que descobrimos que a fábrica tinha fechado. Este tipo de tecnologia não avançou e voltei para as seringas. Após muitos anos, experimentei as canetas e agora estou nos braços da bomba.

Durante muito tempo resisti a mudar o tratamento pois acreditava que estava "velha" demais para mexer nisso. Não tinha paciência, coragem ou vontade. Mas admito que estava errada. Após mudar tanta coisa na minha vida, por que não mudar também a forma de me relacionar com as aplicações de insulina. Na verdade, procurei a terapia da bomba de infusão interessada no sistema de monitoramento contínuo. Após sofrer dois episódios dramáticos com hipos assintomáticas em 2009 e 2014, vi que não tinha mais jeito, deveria encarar a contagem de carboidratos (coisa que eu também resistia) e uma nova experiência com a bomba de insulina.

Comecei o teste no final de outubro de 2014. Foi um mês de grandes descobertas, boas e não tão boas. Mas o saldo foi positivo. Decidi mudar de vez e entrei com o processo na justiça para conseguir pelo Estado. Consegui em janeiro deste ano retirar minha bomba definitiva e, agora em abril, consegui ter todos os elementos para o uso do sensor. Agora estou completa.
Depois de uma vida inteira, estou enfim sem usar seringas e suas agulhas (nunca tive problema com isso mas ficar livre delas é mesmo um alívio!). Sinto-me muito bem e a adaptação foi mais tranquila do que eu imaginava. Quanto às hipos...agora eu tenho um apito sonoro que me despertará quando as glicemias forem menores que 70. Espero que eu esteja atenta...e estarei sim!

Com relação ao tratamento, nunca estive melhor! Glicada incrível na faixa entre 6 e 7. Meu peso continua a cair, a dieta está mais natural do que nunca e os exercícios são o ar que respiro todos os dias. Tomos todos os medicamentos prescritos sem relutar e vivo uma verdadeira lua de mel com o diabetes, mesmo ainda estando com a doença. Completarei este ano 30 anos DM1. Demorei muito para alcançar esta fase? Tem gente que nunca chega, né? Então eu acho que tudo acontece no momento certo.  Espero que minhas histórias sirvam para ilustrar uma outra possibilidade com relação ao convívio com a doença. Passamos por muitas fases e o que posso contar é...todas passam. A que estou agora é a melhor! Aceitação plena e muita vontade de viver cada vez mais e melhor!

Espero que vcs possam acompanhar minha trajetória daqui pra frente com a bomba, o sensor, meus planos para o futuro!

Bjs



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